A maranhense Régia Vieira (41 anos), residente na cidade de Maracaçumé, distante 236 km da capital São Luís, foi encontrada morta dentro de uma fossa em Porto Nacional, no Tocantins, após ficar mais de um mês sem fazer contato com a família.
Ela tinha saído de casa para encontrar um namorado que conheceu pela internet. Régia foi identificada por parentes nesse sábado (16) no IML.
Depois de quase um mês sem fazer contato, a família teve certeza que algo ruim tinha acontecido depois que a vítima não ligou para parabenizar a própria filha pelo aniversário de sete anos.
A mulher seguiu com destino a Porto Nacional no dia 4 de setembro. Um sobrinho contou que ela tinha visitado o namorado no Tocantins em outras duas ocasiões, mas desta vez a família pediu que ela mandasse o contato de algum vizinho do local onde ficaria hospedada.
O pedido foi porque a vítima teria relatado que o namorado tinha demonstrado ser ciumento e possessivo. “Era uma relação que começou pela internet. Aí foi o motivo da gente pedir o número de um vizinho. Falamos: já que você vai para lá, pega o número de um vizinho porque caso aconteça alguma coisa a gente tem com quem se comunicar. Foi o ponto que nos levou até ela”, contou Joanes Vieira.
Os parentes de Régia chegaram a Porto Nacional no início desta semana e relataram os fatos à Polícia Civil. Como o suposto namorado não foi encontrado a polícia resolveu fazer buscas na casa dele e encontrou a vítima dentro de uma fossa tampada.
“Ela tinha três filhos, a menor fez sete anos no domingo e não recebeu nenhuma ligação dela. Foi onde eu falei: está errado porque como a menina está completando sete anos e ela, que era bem apegada com a filha, não liga para dar os parabéns? Foi depois desse fato […] que eu organizei minhas coisas e vim”, contou o sobrinho.
O caso está sendo apurado pela 7ª Divisão de Combate ao Crime Organizado (7ª DEIC). Um inquérito foi aberto para apurar as circunstâncias da morte e o possível envolvimento do namorado no crime. “As investigações irão apontar como a mulher foi morta e há quantos dias o corpo estava na fossa onde foi encontrado”, explicou o delegado Túlio Pereira, responsável pelo caso.
O corpo foi reconhecido pela família no Instituto Médico Legal de Palmas, onde ainda passava por exames até o final da tarde deste sábado (16/10).
“A gente veio na esperança de encontrar ela viva, mesmo que estivesse em cárcere privado, sendo humilhada, mas com vida […] Estamos em choque, lutando para tirar o corpo do IML e levar para o velório. O pessoal está aguardado para dar pelo menos um velório digno”, afirmou o sobrinho.