Parnaíba, no litoral do Piauí, registra cinco assassinatos em 24 horas.

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A cidade de Parnaíba registrou cinco mortes nas 24 horas entre a noite de sexta-feira (11) e de sábado (12). Ao todo, já são quase 80 mortes na cidade este ano, um aumento de mais de 130% em comparação com o ano passado. Segundo a Secretaria de Segurança, as mortes são consequência de ações de facções criminosas que tentam se instalar na região.

O último caso foi o que deixou como vítima o ex-sargento da PM, identificado apenas como Tony. Ele foi morto a tiros na noite de sábado (11) no Centro da cidade. Ainda não há informações sobre os suspeitos e nem sobre a motivação do crime.

Na madrugada do sábado, um homem foi morto a tiros na na Avenida Doutor João Silva Filho, também em Parnaíba.

O crime que chocou a população foi o que deixou três mortos após invasão a uma celebração religiosa. Três pessoas foram assassinadas e três ficaram feridas dentro de uma tenda de umbanda, na noite dessa sexta-feira (10).

Segundo a Polícia Militar, homens armados invadiram o local e atiraram contra os participantes.

Todos os casos estão sob investigação da Polícia Civil. Grupos de segurança foram reforçados na região e uma Força Integrada foi criada para atuar nas cidades do litoral – principalmente Parnaíba, Luís Correia e Cajueiro da Praia.

Controle depende de ações sociais, diz SSP

Rubens Pereira, secretário de segurança pública do estado, informou que a maioria das vítimas tem envolvimento com crimes e que o aumento das mortes está ligado à tentativa de facções de se instalarem no litoral e controlar o tráfico de drogas.

O gestor disse que as organizações criminosas do Sudeste do país estão tentando se instalar no Nordeste. Ele já teve reuniões com chefes de investigação de outros estados com o objetivo de realizar estratégias e identificar os suspeitos.

O secretário destacou que a polícia atua no combate aos crimes, mas que são necessárias políticas públicas com o objetivo de prevenir os crimes, principalmente em relação ao consumo de drogas.

“A sociedade também precisa despertar para isso, sobre o que está levando esses jovens ao crime. Isso a sociedade também tem que se perguntar. Porque o sistema criminal, a polícia, o Ministério Público e o poder Judiciário atuam quando essa criminalidade já está instalada. O homicídio é apenas a ponta do iceberg de toda a violência a varejo que está acontecendo”, avaliou.

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