O juiz Rostônio Uchôa converteu nesta terça-feira (17) a prisão em preventiva de Kelly Layane Rodrigues Ferreira, servidora da 5ª Vara da Família, em Teresina. Ela foi presa em flagrante pelo crime de corrupção passiva.
A decisão atende o parecer do Ministério Público e a representação da Polícia Civil pela decretação da prisão. De acordo com as investigações, a servidora cobrava R$ 2 mil para agilizar processos.
De acordo com a Polícia Civil, a prisão em flagrante aconteceu após os policiais terem sido acionados por uma pessoa que foi abordada pela funcionária. Kelly Layane teria solicitado a quantia de R$ 2 mil para agilizar o trâmite processual de uma ação de separação cumulada com pensão alimentícia, ajuizada em 2013.
A prisão dela foi efetuada no estacionamento em frente ao Fórum Cível após o pagamento da referida quantia. Conforme a investigação, a mulher era servidora terceirizada e estava lotada na Vara da Família havia mais de dois anos.
Investigação
O Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco) investiga se a servidora terceirizada do Tribunal de Justiça agiu sozinha ou se o crime teve participação de outras pessoas. A polícia também buscam saber se outras pessoas podem ter sido vítimas da cobrança de propina.
“A investigação continua para verificar se foi um ato isolado ou se a cobrança de propina vinha ocorrendo de forma reiterada. […] Pela naturalidade que observamos da pratica delitiva, há indícios de que outras pessoas foram abordadas com a mesma proposta”, disse o delegado Francírio Queiroz.
O delegado pede ainda que pessoas que tenham sido vítimas do mesmo crime procurem a delegacia para denunciar.