Guarda municipal é acusado de matar Homem em Itapissuma/PE.

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O assassinato de um homem de 33 anos em uma praça do bairro da Mangabeira, em Itapissuma, no Grande Recife, é investigado pela Polícia Civil. De acordo com a família de Helder dos Santos Silva, conhecido como Ninho, o autor do crime foi um guarda municipal que estava à serviço e armado.

A Polícia Civil não informou se já identificou o suspeito do crime. A prefeitura de Itapissuma afirmou que a guarda não tem autorização para usar arma letal e que também vai investigar o caso através da Corregedoria municipal.

“A guarda municipal de Itapissuma matou meu primo. Bando de covardes. Quem é o responsável? Olha o que vocês fizeram. Dar arma a caras despreparados para fazer isso aqui em Mangabeira”, afirmou um primo da vitima.

Analiel Pereira de 36 anos que é primo da vitma contou ainda que estava na Praça da Mangueira quando o primo foi assassinado e que presenciou tudo. Ele disse que a mulher e o filho de Helder, de 7 anos, também testemunharam o crime, que aconteceu na véspera do Dia dos Pais.

Segundo Analiel, o poste da praça queimou e a prefeitura do município emitiu um comunicado afirmando que isso ocorreu por ações de vândalos, informação que foi questionada por moradores. Ao ver quatro viaturas da guarda municipal na praça naquele momento, Helder teria feito uma cobrança sobre a atuação da guarda e, por isso, houve uma discussão entre ele e o autor do disparo.

“Ele falou com o filho, com a mulher, com a gente e foi descendo. Quando passou em frente a guarda municipal, disse ‘olha, não foram os moradores que quebraram aqui não, vocês têm que dar suporte a gente toda hora e não só quando está escuro’. Com essas palavras. O guarda disse ‘é o que, p****? É o que a****?’. E a vítima disse ‘a**** é tu’. Pronto, ele puxou uma arma e atirou”, afirmou.

Analiel afirmou que o primo era um trabalhador e que foi assassinado ao fazer uma cobrança em prol da comunidade.

“O guarda atirou covardemente nas costas. E ele não tem autorização para andar com uma arma letal. Eram três carros da guarda. Dois foram embora e um ficou. O autor do tiro fugiu. Foi naquele momento que comecei a filmar”, disse.

Por nota, a Polícia Militar disse que uma equipe do 26º Batalhão de Polícia Militar (BPM) foi acionada para a ocorrência e que, ao chegar, o homem já estava morto e o autor do disparo tinha deixado o local.

A PM também informou que houve um princípio de tumulto, “que rapidamente foi controlado pelo policiamento”.

Até a última atualização desta reportagem, ninguém havia sido preso e não havia informações sobre a identidade do possível atirador. Em nota, Polícia Civil disse que “investigações foram iniciadas e seguem até elucidação do caso”.

O que diz a prefeitura

Por nota, a Prefeitura de Itapissuma lamentou o ocorrido e reforçou que os guardas municipais não têm autorização para fazer uso de arma letal e informou que a arma de fogo usada para atirar em Helder não foi fornecida pelo executivo municipal.

A prefeitura também afirmou, no comunicado, que “tudo que for de responsabilidade da nossa Administração Municipal será feito, inclusive no auxílio aos órgãos competentes para apuração dos fatos”.

O executivo municipal também disse que será aberta uma apuração também por meio da Corregedoria e que, se for constatado “qualquer excesso, o envolvido será severamente punido”.

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