Evidências coletadas pela inteligência dos EUA sugerem a explosão de um hospital em Gaza foi causada por foguete da Jihad Islâmica, disseram autoridades.
Entre as evidências coletadas está uma análise da explosão, que sugere que ela tenha sido terrestre, não causada por um ataque aéreo. Não houve nenhuma cratera singular que sugerisse a existência de uma bomba, mas houve extensos danos causados pelo fogo e detritos espalhados, o que é consistente com uma explosão iniciada no nível do solo, segundo a fonte.
Essa análise é um dado que levou as autoridades de inteligência a se inclinarem para avaliar que o ataque ao hospital foi um lançamento de foguete que deu errado.
Ainda assim, a análise da explosão é apenas uma das coisas que está a ser examinada pela comunidade de inteligência, que enviou para a região recursos para o levantamento de informações. Autoridades de inteligência dos EUA não fizeram uma avaliação final e ainda estão reunindo evidências, disseram as autoridades.
O governo dos EUA avalia que Israel não foi responsável pela explosão, segundo o Conselho de Segurança Nacional (NSC, na sigla em inglês). Porta-voz do conselho, Adrienne Watson disse que a avaliação foi baseada nos relatórios disponíveis, incluindo “inteligência, atividade de mísseis e vídeos e imagens de código aberto do incidente”.
“Nossa avaliação atual, baseada na análise de imagens aéreas, interceptações e informações de código aberto, é que Israel não é responsável pela explosão no hospital em Gaza ontem”, disse Watson em comunicado.
O NSC fez uma declaração adicional na tarde de quarta-feira, apoiando-se ainda mais em sua avaliação. “A inteligência indica que alguns militantes palestinos na Faixa de Gaza acreditavam que a explosão foi provavelmente causada por um lançamento errôneo de foguete ou míssil realizado pela Jihad Islâmica. Os militantes ainda estavam investigando o que havia acontecido”, disse Watson.
Além da análise da explosão, a avaliação inicial dos EUA baseou-se em imagens aéreas coletadas de satélites norte-americanos e em interceptações de inteligência fornecidas pelos israelenses, segundo autoridades.