Acusado de matar a ex-mulher a facadas no Piauí, é preso 16 anos depois no estado de Roraima.

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Um homem identificado como Luiz Antônio De Sousa de 44 anos, foi preso nesta segunda-feira (09/09), em Cantá, no Norte de Roraima. Ele é acusado de ter matado Elizangela Zelia Sousa Silva, de 29 anos, sua ex-mulher, com 15 golpes de faca, em via pública, no município de Inhuma, cidade distante cerca de 244 km ao Sul de Teresina/PI. O caso ocorreu em 5 de fevereiro de 2008.

A prisão dele aconteceu no âmbito da Operação Lembrados, da Polícia Civil do Piauí (PCPI), que atua na localização de criminosos foragidos para levá-los à justiça. Segundo a polícia, a procura deste acusado iniciou após o Ministério Público do Piauí (MPPI) ter acionado a PCPI.

“Desde o crime, o foragido estava em local incerto e ignorado. Em agosto deste ano, o promotor de justiça Jessé Mineiro de Abreu solicitou apoio à Diretoria de Inteligência para localizar o criminoso”, informou o delegado Yan Brayner, diretor de Inteligência da PCPI.

O promotor informou que teve conhecimento do processo envolvendo o acusado em janeiro a passou a tentar localizá-lo, para dar andamento ao processo. “Localizei um possível rastro dele no interior de São Paulo e oficiei a Polícia Civil”, disse.

Foram realizas diligências em duas cidades do estado de São Paulo, onde foi descoberto que o acusado trabalhava no corte de cana, mas ele deixou o local sem motivo aparente.

“Infelizmente ele não tinha sido localizado. Há umas duas ou três semanas entrei em contato com o delegado Yan Brayner. Ele a equipe conseguiram, a partir da informação que passei, localizar e capturar o foragido em Roraima com outra identidade”, explicou Jessé Mineiro.

A identidade do acusado foi confirmada pelo Instituto de Biometria Forense, que realizou um confronto pericial das impressões digitais. A prisão dele ocorreu em cumprimento a um mandado de prisão preventiva que estava em aberto.

“Agora o processo vai seguir seu curso. Vai ser feita a instrução, na qual as testemunhas serão ouvidas. Nessa primeira fase, ao final, a gente espera a pronúncia, uma decisão em que o juiz diz que o réu está apto a ser julgado pelo Tribunal do Júri”, informou o promotor.

O homem é acusado de homicídio. O crime não foi qualificado como feminicídio, assassinato de mulher em contexto de violência doméstica e/ou por menosprezo e discriminação ao gênero, porque a lei que estabeleceu essa qualificadora só entrou em vigor em 2015.

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