
Um bebê de 2 meses morreu após passar mal ao tomar vacinas na tarde de segunda-feira (28/04), na Unidade de Saúde da Família (USF) Aristides Maltez, no bairro de São Cristóvão na capital Salvador/BA.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), o bebê, identificado como Brian Vinícius Morais Primo, foi levado na unidade de saúde pela mãe, e de acordo com a SMS, equipes da unidade de saúde e profissionais do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) tentaram a reanimação, mas a criança não resistiu.
O bebê tomou as seguintes vacinas:
- Rotavírus (via oral): protege contra a gastroenterite, que causa vômito, diarreia e, se os sintomas persistirem, desidratação e danos a órgãos. O imunizante é indicado para bebês com idade entre 2 e 7 meses.
- Pneumocócica (injetável): protege contra infecções no ouvido e na corrente sanguínea, sinusite, pneumonia e meningite.
- Pentavalente (injetável): imunização contra difteria, tétano, coqueluche, a bactéria haemophilus influenza tipo B (responsável por infecções no nariz e na garganta) e hepatite B. Elas devem tomar três doses, administradas aos 2, 4 e 6 meses de idade.
Um Boletim de Ocorrência (BO) foi aberto na delegacia do bairro de Itapuã e o corpo do bebê foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) de Salvador, onde será periciado. A causa da morte só será definida após os laudos periciais.
Através de nota, a SMS reforçou que todas as vacinas aplicadas na rede pública seguem rigorosamente os padrões de qualidade e segurança determinados pelo Ministério da Saúde. Acrescentou que todo o processo foi conduzido com seriedade e transparência que a situação exigiu.
A secretaria ainda se solidarizou com a família e se colocou à disposição para prestar apoio necessário e prestar esclarecimentos para a polícia.
A pediatra Monique Gonçalves afirmou que as vacinas que o bebê foi imunizado tem alta eficácia e segurança. “O número de mortes atribuídas diretamente às vacinas é extremamente baixo e os benefícios da vacinação superam imensamente os riscos”, contou a pediatra.
Explicou ainda que a chance de uma reação grave, como uma anafilaxia, que é uma resposta alérgica extrema, é baixa, mas não pode ser descartada. “Em alguns casos, a criança pode ter uma condição cardíaca ou neurológica silenciosa, não percebida pelos cuidadores ou pela equipe médica, que pode se manifestar de forma súbita após um estímulo como a vacina”, detalhou.