No primeiro dia útil de 2023, o Ibovespa operou em baixa, caindo 3,06% durante a segunda-feira (02/janeiro), como reação do mercado financeiro ao discurso de posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e as primeiras medidas do novo governo. Durante o dia, a queda chegou aos 3,26%. Com isso, o índice encerrou aos 106.376,02 pontos. A Petrobras foi uma das principais empresas afetadas após a nova gestão retirar a estatal do processo de privatização. As ações da petroleira caíram 6,67%, custando R$ 26,17. O Banco do Brasil também sofreu perdas de 4,23%. No movimento contrário, o dólar ganhou força frente ao real. A moeda norte-americana registrou alta de 1,47%, sendo contada a R$ 5,3642 na venda. O percentual representa a maior valorização diária desde 25 de novembro, quando houve um crescimento de 1,83%. Além disso, também é a cotação mais alta desde 28 de novembro. A resposta do mercado financeiro vem após a determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de revogar decretos assinados na gestão anterior.
A decisão foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU). Entre as medidas revogadas estão processos para a privatização de oito estatais brasileiras, incluindo o Correios e a Petrobras; o decreto que permitia o garimpo em áreas indígenas e de proteção ambiental; que extinguia e estabelecia diretrizes, regras e limitações para colegiados da administração pública federal, entre outros. Além da Petrobras e dos Correios, outras seis estatais foram retiradas do plano de privatizações, são elas: Empresa Brasileira de Administração de Petróleo e Gás Natural S.A. – Pré-Sal Petróleo S.A (PPSA); Empresa Brasil de Comunicação (EBC); Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência (Dataprev); Nuclebrás Equipamentos Pesados S.A. (Nuclep); Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro); e Armazéns e os imóveis de domínio da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Em publicação do DOU nesta segunda-feira (2/01), Lula também revogou decretos que facilitavam acesso a armas, suspendendo o registro de novos armamentos para Caçadores, Atiradores e Colecinadores (CACs), restringindo a quantidade de aquisições de armas e munições de uso permitido e proibindo a abertura de novos clubes de tiro.
Fonte: Jovem Pan.