É unânime o apoio ao nome do deputado Arthur Maia (União Brasil) para assumir a Presidência da CPMI do 8 de janeiro, segundo lideranças parlamentares ouvidas pela Jovem Pan. No caso da relatoria da comissão, o impasse permanece. O senador Renan Calheiros (MDB) briga pela vaga, mas não tem apoio interno — além de aversão por parte de Arthur Lira. O governo é simpático aos senadores Omar Aziz (PSD) e Eduardo Braga (MDB), mas nenhum parece disposto a abraçar a ingrata missão.
O nome de Fufuca (PP) foi descartado por Lira por sua proximidade com Flávio Dino, que comprou briga com o presidente da Câmara ao manobrar contra seu indicado para o TRF-6. O imbróglio entre Lira e Dino pode definir o rumo da CPMI e interferir também na CPI do MST, com a eventual indicação de Ricardo Salles (PL) para a relatoria. Para evitar que o clima piore, Alexandre Padilha tentará buscar uma solução salomônica em reunião com Lula hoje.
Como eu disse ontem no programa Os Pingos Nos Is, o rumo dos acontecimentos na Câmara dos Deputados dependerá do ‘humor’ de Arthur Lira. “Lira pode acordar amanhã e se sentir na oposição. E aí, equilibrar o jogo, fazer uma CPI que sirva à sociedade, que sirva à história, que esclareça todos os fatos do dia 8 de janeiro. Mas se acordar se sentindo governo, aí já era. Vai ser uma CPMI manipulada, direcionada, com o único objetivo de atacar a oposição. Está muito clara agora a estratégia de Arthur Lira na formação desses super blocos na Câmara. Isolou o PL, isolou a oposição, reduziu o poder de liderança de Jair Bolsonaro .”
Fonte: Jovem Pan.