Um barco foi interceptado por um navio da Marinha Brasileira durante uma operação conjunta com a Polícia Federal (PF) no litoral de Pernambuco. Segundo a Marinha, a embarcação Palmares I transportava 3,6 toneladas de cocaína – o que, de acordo com a instituição, corresponde à maior apreensão de uma droga registrada na costa brasileira. Se fosse comercializada, segundo a PF, a droga poderia render aproximadamente R$ 100 milhões aos traficantes.
A ação, que fez parte da operação “Ágata Nordeste”, ocorreu na terça-feira (19/09) a uma distância de 18 milhas náuticas do Recife, o que equivale a, aproximadamente, 33 quilômetros, segundo a Marinha. Os cinco tripulantes da embarcação foram presos em flagrante.
A instituição informou que agentes da PF embarcaram num navio-patrulha que partiu de Natal em direção à costa pernambucana, onde encontrou o barco com a droga. Vídeos divulgados pela Marinha mostram o momento em que os policiais saem do navio e fazem a abordagem.
A Marinha disse ainda que a embarcação seguia em direção à África. Após a interceptação, o barco foi rebocado para o Porto do Recife. A droga foi encaminhada para a Superintendência Regional da Polícia Federal em Pernambuco.
A Polícia Federal disse que o barco partiu do Porto Itajaí, em Santa Catarina, seguiria viagem para o continente africano a partir de Pernambuco.
“Os trabalhos decorrem de uma investigação em diversos estados da Federação e pelo que se tem conhecimento em relação às rotas, era muito óbvio que a partir da costa pernambucana a embarcação seguisse para a África. Então, achou-se oportuno que a abordagem já fosse feita enquanto a embarcação passava aqui na costa do estado”, disse o delegado federal Márcio Tenório.
Segundo a Polícia Federal, os cinco tripulantes são brasileiros. Eles foram autuados em flagrante por tráfico internacional de drogas e associação para o tráfico. A pena para esses crimes pode chegar a 35 anos de prisão. Ainda de acordo com a PF, se a droga apreendida fosse comercializada, poderia render aproximadamente a R$ 100 milhões aos traficantes.