A Defesa Civil de Maceió informou nesta sexta-feira (08/12), que o solo sobre a mina da Braskem, no Mutange, afundou mais 5,7 cm nas últimas 24 horas. O afundamento é de 2,06m de profundidade, segundo nova atualização do órgão. Para lidar com essa situação, equipes técnicas do Ministério de Minas e Energia, do Serviço Geológico do Brasil e da Agência Nacional de Mineração estão na capital alagoana realizando análises diárias com base nos dados sísmicos da área afetada. Segundo o relatório mais recente, os especialistas avaliam que o quadro de instabilidade geológica está em processo de acomodação e que há uma melhora diária. A Defesa Civil recomenda que a população evite transitar na área desocupada até que haja uma nova orientação do órgão. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, ressaltou que a preservação da vida é a principal preocupação do governo federal nesse momento. Medidas estão sendo discutidas para minimizar os impactos aos moradores e comerciantes locais. O Ministério de Minas e Energia tem mantido a Casa Civil da Presidência da República e outros órgãos informados sobre cada movimentação do solo em Maceió. A situação será passada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assim que chegar a Brasília.
Nesta quinta-feira (07/12), a Defesa Civil registrou uma diminuição na velocidade do afundamento. Segundo o boletim, a velocidade passou para 0,25 cm/h, com um movimento de 6 cm nas últimas 24 horas. O deslocamento vertical acumulado da mina agora é de 1,99 metro. No dia 29 do mês passado, o nível de deslocamento vertical chegou a atingir 5 cm/h às 23h53. O nível de alerta na região, que enfrenta o risco iminente de colapso do solo da mina, foi mantido. Após uma reunião entre o advogado-geral da União, Jorge Messias, e o governador de Alagoas, Paulo Dantas, a Advocacia-Geral da União (AGU) anunciou que enviará uma equipe de advogados públicos da Procuradoria-Geral da União (PGU) para Maceió até a próxima terça-feira, 12. O objetivo é avaliar a possibilidade de repactuação dos acordos já firmados com a empresa Braskem, responsável pela extração de sal-gema que causou o risco de colapso da mina. A AGU informou que está em andamento a apuração dos fatos pela PGU. Um levantamento dos contratos anteriormente firmados com a Braskem está em curso. Considerando que a situação mudou desde a assinatura desses documentos, a AGU poderá propor aditivos aos contratos para garantir o ressarcimento dos danos causados aos afetados pela exploração do sal-gema.