O homem condenado a 18 anos e 3 mesas de prisão por assassinar e enterrar a própria namorada próximo à casa onde morava, em 2017, foi morto a tiros em Vicência, na Zona da Mata Norte de Pernambuco. Paulo César Oliveira da Silva, de 32 anos, estava em liberdade desde 2023, e foi morto sete anos após o crime.
Paulo foi condenado em 2021 por homicídio triplamente qualificado e ocultação do cadáver da estudante universitária Remís Carla Costa, que tinha 24 anos na época. A vítima inicialmente foi dada como desaparecida e, depois, encontrada já morta. Na época, Paulo confessou o crime.
O homem foi morto na segunda-feira (1º/07), e de acordo com a Polícia Civil, o corpo de Paulo foi encontrado no meio da rua, com marcas de tiro.
Após a perícia, o corpo dele foi levado o Instituto de Medicina Legal (IML), em Santo Amaro, no Centro do Recife. Ainda segundo a corporação, um inquérito policial foi instaurado para apurar a motivação e identificar a autoria do crime.
Relembre o caso
Na epoca Remís Carla Costa tinha sido vista pela última vez no dia 17 de dezembro de 2017. Ela saiu de casa para passar o fim de semana com o namorado, na Várzea, na Zona Oeste do Recife, mas não voltou. Com o seu desaparecimentos, parentes e amigos fizeram campanha nas redes sociais para conseguir pistas ou informações que pudessem revelar para onde ela teria ido.
Inicialmente, o namorado relatou não saber o paradeiro da jovem. Em 23 de dezembro do mesmo ano, um corpo em avançado estado de decomposição foi encontrado enterrado próximo à casa de Paulo;
No mesmo dia, a perícia constatou que era de fato a jovem desaparecida, e Paulo César foi preso em flagrante;
No dia seguinte, o delegado que comandou as investigações, afirmou que o namorado confessou ter usado drogas momentos antes de matar Remís e que a esganou numa briga;
Durante as investigações, foi descoberto que Remís prestou queixa contra Paulo por injúria, ameaça, lesão corporal e danos menos de um mês antes de morrer. Ele havia quebrado o celular dela. A Justiça chegou a emitir uma medida de afastamento;
Quatro anos após o crime, Paulo foi condenado a 18 anos e três meses por homicídio triplamente qualificado e ocultação do cadáver;
As qualificadoras do crime foram feminicídio, motivo fútil e com uso de recurso que impossibilitou ou dificultou a defesa da vítima.