A Polícia Civil indiciou 2 pessoas por extorsão sexual (sextorsão) contra uma mulher de 50 anos e o filho dela, de 29 anos, no Recife. Segundo as investigações, o crime começou com ameaças anônimas pelo WhatsApp e foi articulado pelo próprio enteado da vítima, em parceria com uma mulher especializada em fraudes eletrônicas.
As ameaças começaram em 1º de novembro de 2024, quando um número desconhecido entrou em contato com o filho da vítima exigindo dinheiro para não divulgar fotos e informações pessoais.
A pessoa dizia que a mulher e marido participavam de encontros de swing (troca de casal) e que, se não recebesse um pagamento, espalharia o boato e fotos constrangedoras da mãe. O filho, então, procurou a polícia, que começou a investigar o caso.
Em depoimento, a mãe confirmou que praticava swing com o marido, e contou que também estava sendo chantageada. Os criminosos pediam R$ 30 mil para não divulgar a informação e fotos.
A polícia descobriu que quem tinha enviado as mensagens para chantagear as vítimas era uma mulher de 32 anos, natural da cidade de São Sebastião do Passé (BA). Descobriu, também, que um homem de 26 anos, que é enteado da mulher chantageada, é quem tinha articulado a tentativa de golpe, repassando as informações para a outra criminosa.
Os dois se conheceram num grupo de apostas esportivas no WhatsApp. Eles pegaram fotos da vítima num site utilizado para marcar encontros de swing.
A chantageadora, segundo a polícia, tem histórico de praticar golpes virtuais. Ela criava perfis falsos de empresas no Instagram para enganar compradores e já havia aplicado diversos crimes de estelionato.
O enteado também tem histórico criminal. Ele já foi preso em 2020 e responde a processo pelos crimes de estelionato, falsidade ideológica e organização criminosa. De acordo com a polícia, os criminosos vão responder pelo crime de extorsão, que é a ameaça de divulgar imagens íntimas para forçar alguém a fazer algo. A pena é de 4 a 10 anos de reclusão, além de multa.
