
As polícias Civil e Militar do Rio de Janeiro realizaram na manhã desta sexta-feira (14/11) uma nova etapa da Operação Contenção, ação voltada para conter o avanço do Comando Vermelho (CV). A ofensiva em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, ocorre duas semanas após a fase da operação que terminou com 121 mortos nos complexos da Penha e do Alemão, a mais letal já registrada no país. Nesta nova fase, agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE-CAP), da Core (Coordenadoria de Recursos Especiais) e do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) atuam nas regiões da Bacia do Éden, Castelinho e áreas próximas. Eles cumprem mandados de prisão temporária e de busca e apreensão expedidos após uma investigação que durou 11 meses.
Segundo a polícia, ao menos quatro suspeitos foram presos até o momento. Entre os alvos das medidas cautelares está o irmão do vereador Marcos Aquino (Republicanos), de São João de Meriti, investigado por suposta ligação com o núcleo do CV que atua na região. O irmão do parlamentar não foi localizado, mas o próprio vereador apareceu no local da operação. Durante a abordagem, os agentes encontraram com ele uma arma que, segundo a corporação, pertenceria a outra pessoa. Por esse motivo, Aquino foi conduzido à delegacia.
Além de cumprir os mandados judiciais, a operação busca impedir o avanço territorial da facção, prender integrantes identificados, coletar novas provas e localizar bens usados para lavagem de dinheiro. A polícia também tenta apreender armas, drogas e remover barricadas instaladas pelo crime organizado, que restringem a circulação de moradores.
A Operação Contenção foi iniciada em 28 de outubro, quando a grande ação policial nos complexos da Penha e do Alemão terminou com 121 mortos — entre eles, quatro policiais. O episódio marcou a operação mais letal da história do Brasil. A Polícia Civil afirma que a nova fase é uma continuidade das investigações que miram a estrutura e a expansão do Comando Vermelho na capital e na Baixada Fluminense.




















