O Ministério da Defesa informou nesta segunda-feira (7/11), que será encaminhado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta quarta-feira (09/11), o relatório do trabalho de fiscalização do sistema eletrônico de votação das eleições 2022.
O procedimento foi feito por uma equipe de técnicos militares das Forças Armadas. Em 19 de outubro, a Defesa disse, por meio de um documento, que o relatório de fiscalização das urnas seria enviado à Justiça Eleitoral apenas após o segundo turno. Na época, a resposta foi direcionada ao presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, que havia solicitado os documentos sobre o processo eleitoral. As Forças Armadas acompanharam o pleito depois de um pedido presidente Jair Bolsonaro (PL), que fez questionamentos referentes ao sistema eletrônico de votação.
O documento é bastante aguardado por membros do atual governo, que atribuem a ele o atestado de lisura na votação que elegeu Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para um terceiro mandato, além de governadores, senadores, deputados federais e deputados estaduais.
Se as Forças Armadas indicarem que houve indícios de irregularidade ou, no mínimo, inconsistências na vitória de Lula por margem de aproximadamente 2 milhões de votos — o resultado mais apertado da história —, os protestos que eclodiram após as eleições deverão se intensificar.
Um dos principais motivos relatados pelos manifestantes é a falta de confiança nas urnas. Além disso, eles acreditam que o processo eleitoral foi mal conduzido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), hoje presidido por Alexandre de Moraes, e não aceitam a participação do petista nas eleições sob o pretexto de que ele foi “liberado por uma manobra do STF”.
Os atos começaram logo após o pleito, no dia 30, com bloqueios em rodovias por caminhões. Desde o último dia 2 de novembro, alguns dos integrantes das manifestações ocupam ruas em frente a bases militares em todos os cantos do país, como o Comando Militar do Sudeste, em São Paulo (Ibirapuera), o Comando Militar do Leste, no Rio de Janeiro (Praça Duque de Caxias), e o Quartel General do Exército, em Brasília.
Fonte: Site Jovem Pan.