Israel faz o maior ataque aéreo desde início da guerra na Cidade de Gaza; a ordem é para saída urgente dos civis.

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O Exército israelense expandiu suas operações terrestres na Faixa de Gaza nesta segunda-feira (30/10), e o conflito entrou em uma nova escalada com o anúncio de Israel de que suas tropas chegaram nos arredores do enclave e os bombardeios foram intensificados. Os tanques israelenses chegaram à estrada de Salahedin, a principal artéria do enclave palestino e que o atravessa de norte a sul, e começaram a efetuar disparos. Na sexta-feira (27), o Exército israelense anunciou que estava expandindo as suas operações terrestres na Faixa e intensificou os bombardeios. Questionado se poderia confirmar a chegada das tropas à estrada de Salahedin, o porta-voz do Exército israelense, Daniel Hagari, evitou fornecer detalhes durante uma coletiva de imprensa e disse apenas que estão “fazendo progressos graduais”. “A atividade ofensiva irá intensificar-se de acordo com as fases da guerra e dos seus objetivos”, antecipou.

Nos últimos dias, as Forças de Defesa israelenses afirmam ter atacado 600 alvos em Gaza, incluindo armazéns de armas, dezenas de lançadores de mísseis antitanque e esconderijos do grupo islâmico palestino Hamas, que controla a Faixa. A guerra no Oriente Médio entre Israel e o grupo terrorista palestino Hamas chega ao 24º dia e o conflito deixou 1.400 mortos, mais de 5.400 feridos em Israel e 239 reféns foram levados para Gaza. Já em Gaza o número de vítimas passou de 8.000 mortos e mais de 20.000 feridos. Nesta segunda, como consequência dos ataques realizados nas últimas 24 horas, Israel informou que matou dezenas de combatentes do Hamas, e quatro líderes do grupo islâmico também foram abatidos, sendo um deles um comandante das suas forças navais. Segundo um comunicado militar, um caça atacou um edifício “com mais de 20 terroristas do Hamas em seu interior”.

Os falecidos, segundo o comunicado, são Yamil Baba, comandante das forças navais do Hamas; Muhamad Safadi, comandante de uma unidade de mísseis antitanque; Muwaman Hiyazi, um destacado miliciano encarregado do lançamento de mísseis antitanque, e Muhamad Awdalah, um miliciano do “departamento de produção” do grupo islâmico. As mortos desses comandantes se somam as outros 11 que já foram abatidos desde o começo da guerra. Um avião também bombardeou um ponto de lançamento de mísseis antitanques na área da Universidade de Al Azhar, local que fica no centro da cidade de Gaza e é um alvo dos ataques de Israel desde 7 de outubro.

A ampliação das operações de Israel aumenta a preocupação com os quase 2,4 milhões de civis palestinos que vivem na Faixa de Gaza, um território sob “cerco total” desde 9 de outubro. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou no sábado que guerra será “longa e difícil”. A ONU calcula que quase 1,4 milhão de pessoas estão deslocadas dentro da Faixa de Gaza. A Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA) informou no fim de semana que milhares de pessoas saquearam vários de seus centros de abrigo em busca de farinha ou produtos de higiene.

A ONU indicou que os 10 hospitais do norte de Gaza receberam advertências de evacuação de Israel, apesar da internação de milhares de pacientes e da presença de 117.000 refugiados buscaram proteção contra os bombardeios. Entre os pacientes há pessoas na UTI, bebês e idosos conectados a sistemas de suporte vital. A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que o alerta de evacuação do hospital de Al Quds, na cidade de Gaza, é “muito preocupante”. “É impossível evacuar hospitais loados de pacientes sem colocar suas vidas em risco”, afirmou o diretor da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus. Mohamed al Talmas disse que está refugiado no hospital de Al Shifa em Gaza e relatou que “o chão tremeu” com os bombardeios intensos.

Fonte: Jovem Pan.

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