O Movimento Democrático Brasileiro (MDB) anunciou seu apoio ao senador Davi Alcolumbre para a presidência do Senado. Em troca desse apoio, Alcolumbre comprometeu-se a acelerar a votação de um projeto que visa proibir militares de ocuparem o cargo de Ministro da Defesa. Essa aliança foi consolidada com a promessa de tramitação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Democracia, uma iniciativa defendida pelo senador Renan Calheiros, do MDB de Alagoas. A PEC, juntamente com quatro projetos de lei, surgiu como resposta às manifestações antidemocráticas de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro após as eleições de 2022.
Durante uma reunião de líderes do partido, Alcolumbre e os senadores do MDB formalizaram seu compromisso através de uma carta na última terça-feira (03). Os projetos apresentados por Renan Calheiros têm como objetivo criar um rol de crimes de intolerância política, estabelecendo penas de seis meses a dois anos de prisão para autoridades que participarem de manifestações políticas partidárias. Além disso, a PEC propõe proibir militares da ativa de assumirem o Ministério da Defesa, impedir a prisão de membros de mesas receptoras e proibir o uso do cargo público para promover candidatos. A proposta também sugere conceder ao Supremo Tribunal Federal (STF) o poder exclusivo para julgar casos antidemocráticos.
O apoio do MDB a Alcolumbre foi decidido por unanimidade, conforme anunciado por Renan Calheiros. Alcolumbre é o favorito para a presidência do Senado em 2025, contando com apoios que vão do PT ao PL. Até o momento, não há outros candidatos concorrendo ao cargo. A senadora Eliziane Gama, do PSD do Maranhão, chegou a ser cogitada, mas retirou sua candidatura.