A família de um adolescente de 15 anos denunciou que o jovem sofreu violência sexual durante uma consulta médica com um ortodontista. O crime, segundo a mãe do garoto, aconteceu, na quarta (7/12), na sala de uma clínica em Piedade, em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife. A polícia investiga o caso de estupro de vulnerável.
Por meio de nota, divulgada nesta quinta (8), a polícia informou que o caso está sendo apurado pela Delegacia de Crimes Contra a Criança e o Adolescente (DPCA), do município. A delegada Vilaneida Aguiar é a responsável pelas apurações.
Os nomes do jovem e da mãe dele, responsável pela denúncia, não foram divulgados oficialmente para preservar a vítima. O médico que está sendo alvo de investigação também não foi identificado pela polícia.
Na nota, a corporação disse que a denúncia aponta que o adolescente foi abusado pelo dentista enquanto fazia manutenção do aparelho odontológico.
“Um inquérito policial foi instaurado e o caso segue em investigação. Outras informações poderão ser repassadas em momento oportuno”, informou o comunicado.
Em entrevista à TV Globo, a mãe do adolescente contou que deixou o garoto de 15 anos e o outro filho, de 14 anos, na clínica, por volta do meio-dia desta quarta-feira (7).
Os dois, segundo a mulher, fazem tratamento com o ortodontista há três anos. “Eles foram para o tratamento e eu fiquei em uma lanchonete, na frente da clínica”, relatou.
Ainda segundo a mãe da vítima, o garoto relatou que, primeiro, o profissional de saúde “acariciou seus órgãos genitais.”
“O meu filho disse que ele colocou o cotovelo sobre os órgãos sexuais dele, durante um procedimento. Ele afirmou que tentou se proteger”, afirmou.
A mulher prosseguiu com o relato, dizendo que, em seguida, o ortodontista segurou os braços dele, baixou o short do adolescente e praticou sexo oral.
No boletim de ocorrência, consta que o médico teria “derrubado as ferramentas de trabalho em cima dele com intuito de tocá-lo”.
O documento também aponta que a mãe denunciou que o ´profissional de saúde “ forçou o sexo oral” na vítima.
“Ele disse que isso nunca tinha acontecido antes. Ele chegou muito abalado em casa e nós fomos até a delegacia prestar a queixa”, disse a mulher.
O adolescente passou por exame de corpo de delito, segundo a mãe. O resultado deve ficar pronto em 20 dias, de acordo com o depoimento dela. Segundo a família, o pai da vítima é advogado e está acompanhando o caso.