Oito mandados de busca e apreensão foram cumpridos na manhã desta sexta-feira (24) em uma operação da Polícia Federal que investiga desvio de recursos públicos destinados à compra de refeições para o Hospital de Clínicas de Campina Grande (HCCG). Segundo a PF, os danos aos cofres públicos seriam de quase R$ 8,7 milhões, e os investigados tiveram R$ 3,2 milhões bloqueados pela Justiça.
Em nota enviada à imprensa às 11h15, a assessoria de imprensa do hospital informou que a direção da unidade está contribuindo com as investigações e ofertando todos os subsídios aos órgãos de controle externo, se colocando à disposição para prestar informações e apresentar documentos, conforme solicitado.
A nota diz ainda que “as aquisições de suprimentos são realizadas pelas próprias unidades hospitalares da Rede Estadual de Saúde da Paraíba, através de processos licitatórios e, de forma excepcional, por meio de dispensas de licitações, em razão do serviço de saúde ser essencial e ininterrupto”.
Conforme a PF, as irregularidades teriam acontecido do início de 2022 até novembro de 2023. A investigação teve início com a análise das contratações feitas pelo hospital visando a aquisição de refeições prontas, destinadas a funcionários e pacientes, com recursos do Sistema Único de Saúde (SUS).
Na investigação, a polícia constatou que os responsáveis pelos desvios não realizaram a licitação, mas fizeram contratações diretas, por meio de dispensas de licitação e termos de ajuste de contas, com favorecimento de empresa e preços acima dos praticados em procedimentos licitatórios semelhantes.
Todos os mandados foram cumpridos em Campina Grande, e a PF não divulgou quem são os investigados na Operação Marasmo. O nome da operação é alusiva à doença de mesmo nome, bem como à morosidade na condução do procedimento licitatório que deveria ter sido realizado e cuja pendência foi utilizada como justificativa para as contratações diretas.