A Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) informou nesta terça-feira (9), que registrou mais um caso confirmados da “Monkeypox”, doença conhecida como varíola dos macacos, em Salvador.
A capital baiana já registrou 14 casos e os demais aconteceram nas cidades de Santo Antônio de Jesus (2), Cairu (1), Conceição do Jacuípe (1), Ilhéus (1) e Mutuípe (1), totalizando 20 pessoas infectadas pela doença no estado.
Para identificar casos e conter o avanço da doença, a prefeitura de Salvador montou um plano de ação que contará com 28 unidades básicas de referência para atendimento e coleta laboratorial. Além disso, a rede de atenção terá 16 unidades de urgência e emergência.
O primeiro caso da Monkeypox no estado ocorreu no dia 13 de julho. Ainda de acordo com o órgão de saúde, a Bahia tem 178 casos suspeitos da doença.
A Monkeypox se assemelha à varíola humana, que foi erradicada em 1980. Os principais sintomas da doença são febre, dores de cabeça, musculares e nas costas, adenomegalia, calafrios e exaustão. A infecção é autolimitada com sintomas que duram de 2 a 4 semanas, geralmente dividida em dois períodos:
- Invasão, que dura entre 0 e 5 dias, com febre, cefaleia, mialgia, dor das costas e astenia intensa;
- Erupção cutânea começa entre 1 e 3 dias após o aparecimento da febre. A erupção tem características clínicas semelhantes com varicela ou sífilis, com diferença na evolução uniforme das lesões.
O que é a varíola dos macacos?
A varíola dos macacos é uma doença viral rara transmitida pelo contato próximo com uma pessoa infectada. A transmissão pode ocorrer pelas seguintes formas:
- Por contato com o vírus: com um animal, pessoa ou materiais infectados, incluindo através de mordidas e arranhões de animais, manuseio de caça selvagem ou pelo uso de produtos feitos de animais infectados. Ainda não se sabe qual animal mantém o vírus na natureza, embora os roedores africanos sejam suspeitos de desempenhar um papel na transmissão da varíola às pessoas.
- De pessoa para pessoa: pelo contato direto com fluidos corporais como sangue e pus, secreções respiratórias ou feridas de uma pessoa infectada, durante o contato íntimo – inclusive durante o sexo – e ao beijar, abraçar ou tocar partes do corpo com feridas causadas pela doença. Ainda não se sabe se a varíola do macaco pode se espalhar através do sêmen ou fluidos vaginais.
- Por materiais contaminados que tocaram fluidos corporais ou feridas, como roupas ou lençóis;
- Da mãe para o feto através da placenta;
- Da mãe para o bebê durante ou após o parto, pelo contato pele a pele;
- Úlceras, lesões ou feridas na boca também podem ser infecciosas, o que significa que o vírus pode se espalhar pela saliva.
Isolamento
Pacientes com suspeita da doença devem ficar em isolamento, em um local com boa ventilação natural. É recomendado que ambientes comuns, como banheiro e cozinha, fiquem com janelas abertas. Caso more com outras pessoas, deve-se usar a máscara cirúrgica bem ajustada, protegendo a boca e o nariz.
Além disso, é importante que o paciente lave as mãos várias vezes ao dia, preferencialmente com água e sabonete líquido. Se possível, deve usar toalhas de papel descartável para secá-las.
Quem estiver com suspeita também não compartilhar alimentos, objetos de uso pessoal, talheres, pratos, copos, toalhas ou roupas de cama. Os itens só podem ser reutilizados após higienização.