As equipes de resgate correm contra o tempo para conseguir localizar o submersível em expedição ao Titanic que está desaparecido no Oceano Atlântico desde segunda-feira (19/06). A embarcação tem menos de 24 horas de oxigênio – o ‘ar respirável’ está previsto para acabar nesta quinta-feira (22), pela manhã.
O submersível, que pesa 10.432 kg e pode atingir a profundidade de 4.000 metros, tem suporte de vida de até 96 horas para cinco pessoas. Os cinco ocupantes da embarcação são Hamish Harding, Paul-Henry Nargeolet, Shahzada Dawood, Sulaiman Dawood e Stockton Rush. Ainda não há sinais do submersível, contudo, as equipes de resgate detectaram “ruídos subaquáticos” na área de busca, anunciou a Guarda Costeira dos Estados Unidos. “O avião canadense P-3 detectou ruídos subaquáticos na área. Como resultado, as operações de um ROV (sigla em inglês para veículo operado de maneira remota) foram realocadas em uma tentativa de explorar a origem dos ruídos”, anunciou no Twitter o 1º Distrito da Guarda Costeira dos EUA. Essa foi a única informação sobre as buscas até agora.
“Trata-se de uma busca muito complexa e a equipe unificada está trabalhando sem descanso para pôr em andamento o quanto antes os recursos e conhecimentos disponíveis”, disse à imprensa o capitão da Guarda Costeira americana Jamie Frederick. Barcos e aviões dirigem-se ao local para reforçar a grande operação de busca dos EUA e do Canadá. O Pentágono anunciou o envio de um terceiro avião C-130 e três C-17, enquanto um robô submarino, enviado pelo Instituto Oceanográfico francês, será incorporado às buscas durante esta quarta-feira.
Mike Reiss, roteirista de televisão americano que visitou os destroços do Titanic no mesmo submersível no ano passado, afirmou à ‘BBC’ que a experiência foi “desorientadora”. “A bússola parou de funcionar imediatamente e começou a girar, então tivemos que nos mover às cegas no fundo do oceano.”. Todos, no entanto, estavam cientes dos perigos da expedição, disse Reiss à ‘BBC’. “Você assina um documento antes de embarcar, e na primeira página a morte é mencionada três vezes”. O Titanic afundou em sua viagem inaugural entre a cidade inglesa de Southampton e Nova York em 1912, após colidir com um iceberg. Das 2.224 pessoas a bordo, cerca de 1.500 morreram. Os destroços do transatlântico, partido ao meio, foram descobertos em 1985. Desde então, a área tem sido visitada por caçadores de tesouros e turistas.
Fonte: Jovem Pan.